Por Luciano Fantin – Este artigo trata das pressões sofridas pelos executivos ao lidar com seus desafios nas empresas
Em nossa consultoria, temos atendido uma variada gama de clientes, com necessidades diversas, como bancos, fintechs, meios de pagamento, etc.
Mais recentemente, tivemos a oportunidade de atuar numa indústria familiar, fora do segmento financeiro, o que nos causou enorme satisfação, visto que foram águas nunca antes navegadas.
Em todos eles, porém, sempre houve um ponto comum. Fomos chamados a dar um apoio a determinado “problema” (ou “desafio”, no atual mundo do politicamente correto).
Os desafios são sempre diferentes: Implantação operacional de um banco, análise de processos em câmbio e comércio exterior, gap analysis, estudos de viabilidade econômico-financeira, entendimento do mercado financeiro brasileiro, implementação de gestão financeira e de riscos, implementação de governança comercial e financeira, e por aí vai.
Mas qual é então o ponto comum a todos eles?
O ponto é que existem pessoas por trás deles todos. Executivos, gestores e técnicos, que estão sendo cobrados pelos resultados em suas empresas, cujas carreiras dependem de sucesso em suas empreitadas. Essas pessoas (às vezes um time, às vezes um único elemento) têm que lidar, muitas vezes, com enormes pressões, em várias frentes.
O que notamos, e não infrequentemente, é que o nível de estresse nas organizações anda alto. Os motivos são óbvios: Uma busca incessante por redução de custos, aumento de eficiência, acompanhamento da concorrência, sobrevivência, que muitas vezes passa por uma carga majorada de trabalho, até que os frutos possam ser colhidos.
Os resultados esperados, porém, às vezes não são alcançados, dead-lines e orçamentos são extrapolados ou, por vezes, iniciativas inteiras são abortadas, como temos acompanhado. Há muitas variáveis que fogem ao controle quando se iniciam novos negócios, novos produtos, novos projetos.
Nesse sentido, aquelas pessoas que citamos acima, também não infrequentemente, acabam ficando com altos níveis de estresse, criando problemas para si, suas equipes, suas empresas e até mesmo para suas famílias. O ser humano não é estanque, portanto aquela estória de “separar o profissional do pessoal” nos parece mais um desejo do que uma realidade.
Apesar de não sermos especialistas em gestão humana, resolvemos contribuir com uma sugestão de abordagem que, de alguma forma, possa trazer um pouco de alívio aos grandes momentos de tensão e de estresse que o mundo corporativo nos impõe, e que possa melhorar um pouco nossas vidas.
Estamos em plena revolução digital. Fala-se muito da Indústria 4.0, da Internet das Coisas, da Nuvem, dos novos Sistemas. Temos nos comunicado cada vez mais com máquinas, que nos atendem e resolvem nosso problemas por meio de algoritmos. Somos, provavelmente, a geração que mais investe em algoritmos na história recente.
Nesse sentido, por que não pensarmos num algoritmo humano, que nos ajude um pouco, nos ofereça um novo paradgima? Um algoritmo que não será aplicado por um código, mas por nós mesmos, em alguns poucos minutos de reflexão.
Esperamos que possamos contribuir, de alguma forma, nem que seja um pouco, para o alívio de nossas tensões.